terça-feira, 25 de agosto de 2009

COLESTEROL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Há algum tempo que já se conhece algumas causas da arteriosclerose, ou seja, o endurecimento das artérias: a obesidade (gordurosa excessiva), a hipertensão arterial, o sedentarismo (falta de exercícios físicos), o tabagismo (hábito de fumar). Tudo isso geralmente vem acompanhado de dislipidemias, ou seja. alterações no colesterol e nos triglicerideios no sangue.
Estudos mais recentes, porém, concluíram que tais fatores de risco já são encontrados na infância. Daí a importância de se evitar, ainda na infância e na adolescência, a alimentação que não é saudável e a falta de exercícios fisicos. De um lado, é importante que o pediatra e o hebiatra (médico dos adolescentes) se preocupem, desde cedo, com a avaliação da pressão arterial e o exame de sangue (lipidograma) de seus pacientes.
Estudos nacionais mostraram aumento do colesterol em 35 % de escolares entre 7 e 14 anos (Campinas); 22% de aumento de triglicerídeos (Florianópolis); 66,7 % em Campina Grande. Esses dados são apenas um exemplo das muitas pesquisas que estão sendo realizadas nessa area, sempre mostrando um número assustador de anormalidades deste tipo.
A obesidade é um dos principais fatores a considerar. Em 1974, no Brasil, 3,9 % dos garotos e 7,5 % das meninas entre 10 e 19 anos tinham excesso de peso; em 2003, essa percentagem subiu para 17.9 e 15.4.respectivamente, Tal elevação se deve a uma alimentação com muita fast-food e muito açúcar e gorduras. O adulto gordo terá muita dificuldade em perder peso se já foi uma criança gorda.
Outro fator é o sedentarismo (falta de exercícios físicos). A criança, hoje em dia, em vez de brincar e se movimentar, passa horas sentado em frente da televisão ou brincando com jogos... no computador ! Ou seja, parado. Geralmente, comendo ao mesmo tempo pipoca ou outro petisco.
Ainda outro fator a considerar é a pressão arterial, que já pode estar discretamente elevada em algumas crianças e mais ainda em alguns adolescentes, sendo uma anormalidade silenciosa, que inicialmente não apresenta sintomas.
É preciso salientar que é importante, no caso, não só um pediatra ou um hebiatra atento a esses problemas, mas também familiares que dêem o exemplo, alimentando-se de maneira saudável e praticando exercícios.
Adaptação do dr.Miranda Fortes, baseado no artigo "Dislipidemias na infância e na adolescência", Revista de Pediatria SOPERJ, junho 2009

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